"Aquele tempo que foi lembrado agora e que trouxe esse sentimento de inadequação deve ser olhado com generosidade, com a alma cheia de perdão, até se enxergar que os recursos que se tinha não eram os mesmos que se tem agora, nesse novo contexto de vida."
P/ Martha ZarzaDa autogenerosidade
Entre os altos e baixos da vida é possível que alguns arrependimentos façam parte do percurso. E quando eles começam a rondar os pensamentos, são de uma eficiência tão grande em torturar a mente que dói só em pensar. Mas não deixa de ter algo de bom nisso, é possível que estes arrependimentos levem a reflexões que façam entender que o que se estava sendo naquele momento era a única coisa que se podia ser, naquele momento. Aquele tempo que foi lembrado agora e que trouxe esse sentimento de inadequação deve ser olhado com generosidade, com a alma cheia de perdão, até se enxergar que os recursos que se tinha não eram os mesmos que se tem agora, e que agora pode ser diferente.
É preciso que se entenda isso para que a autocrítica não se transforme em um eficiente flagelo, doendo desnecessariamente. Mesmo um buscador incansável do seu melhor, que abre frentes e é valente, que não para, as vezes para e chora, porque o corpo finca o coração no chão sem dó, e isso as vezes custa um tempo para passar, e dói. Então vai-se fazendo o possível até a dor começar a esvanecer, até que seja possível seguir em frente, um pouco melhor e mais forte, e as vezes não, mas quase sempre sim. Na verdade, pra ser sincera, mesmo quando o não prevalece, o sim sempre aparece em alguma parte do caminho. E eu acho que é isso mesmo, é assim que tem que ser. Isso é superação.
É preciso que se entenda isso para que a autocrítica não se transforme em um eficiente flagelo, doendo desnecessariamente. Mesmo um buscador incansável do seu melhor, que abre frentes e é valente, que não para, as vezes para e chora, porque o corpo finca o coração no chão sem dó, e isso as vezes custa um tempo para passar, e dói. Então vai-se fazendo o possível até a dor começar a esvanecer, até que seja possível seguir em frente, um pouco melhor e mais forte, e as vezes não, mas quase sempre sim. Na verdade, pra ser sincera, mesmo quando o não prevalece, o sim sempre aparece em alguma parte do caminho. E eu acho que é isso mesmo, é assim que tem que ser. Isso é superação.
E que seja sempre assim , e daqui pra frente sempre mais, com menos arrependimentos e mais autogenerosidade , com menos medo e mais ousadias, é assim que se constrói histórias e se aprende que o melhor não foi feito para se colocar num pano de guardar confetes, isso gera expectativa que gera ansiedade que pode gerar frustração e que pode se converter em arrependimentos sombrios... o melhor pode não chegar no próximo carnaval, mas pode chegar por esses dias, ou não, ou sim, quem sabe né? O que se sabe é que o agora é diferente do ontem, você não é a mesma pessoa, em alguns aspectos pode estar melhorada ou piorada, mas não é igual ao que era. Mas ouso pensar que se está lendo isso é porque de alguma forma melhorou, porque busca reflexões e refletir é melhorar pensamentos que podem melhorar suas escolhas e ações.
Se algum arrependimento bater na sua porta, ouça o que ele tem pra te dizer. Ofereça-lhe um café docinho e escute-o com atenção, seja gentil. Diga-lhe que você não é mais aquela pessoa, que hoje você tem ferramentas que antes não tinha, que antes só era possível fazer o que foi feito, mas hoje é diferente. E se não for tente. O rumo natural da bola é pra frente, como o movimento natural da vida.
Martha Zarza
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